Nos últimos dois anos, dezenas de livros com temáticas políticas foram lançados. Muitos despertaram interesse, comentários e fofocas. Mas, depois do frisson, caíram no esquecimento. Em oposição, "O Príncipe", escrito por Nicolau Maquiavel, no longínquo 1513, continua bastante procurado. É um tratado político, leitura obrigatória para quem atua na área ou quer iniciar o percurso na política.
Ainda mais antigo e não menos importante é "A Arte da Guerra". Escrito pelo filósofo chinês Sun Tsu, exatamente há 500 anos antes de Cristo, o livro do ‘general’ traz orientações e táticas para serem aplicados nas trincheiras dos negócios e no dia a dia das pessoas. Também enumera os pontos fracos e fortes “dos exércitos” e diz como manobrá-los.
Montesquieu não fica de fora nessa época de efervescência política. O seu "Espírito das Leis", escrito em 1748, conceitua as formas de governo e exercícios da autoridade política. Mais recente é "A fabricação do rei. A construção da imagem pública de Luiz XIV", de Peter Burke.
O livro, publicado em 1994 pela Jorge Zahar, esclarece os menos avisados que o presidente Luiz Inácio lula da Silva não é o inventor do marketing político. Burke procura mostrar que os reis foram os verdadeiros inventores do marketing político e utilizavam a propaganda para assegurar o poder. Que o diga Luiz XIV, que reinou 70 anos sob um forte esquema de propaganda e manipulação da mídia da época.
Por: Alexandre de Souza Acioli
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