Google já investiu cerca de US$ 350 milhões em usinas eólicas e solares

Uma das firmas mais conhecidas e influentes do mundo, o Google deu em abril um salto com seus investimentos em energia renovável. Neste mês, a empresa de informática alcançou a marca de US$ 350 milhões no financiamento de projetos de energia renovável, sendo que, deste valor, três quartos foram empregados somente em abril.

Três foram os projetos contemplados pela corporação: painéis solares na Alemanha, nos quais aplicou US$ 5 milhões, uma usina solar na Califórnia, que recebeu US$ 168 milhões, e uma fazenda eólica no Oregon, que arrecadou da empresa US$ 100 milhões.

As instalações alemãs, recém completadas, ocupam cerca de 116 acres de Brandenburgo, perto de Berlim. A estação tem uma capacidade máxima de 18,65 MWp, estando entre uma das maiores da Alemanha. As placas gerarão energia para mais de cinco mil moradias na região de Brandenburgo.

A usina solar de Ivanpah, na Califórnia, será instalada no deserto de Mojave, e tem previsão para ser finalizada em 2013. Espera-se que a capacidade das placas chegue a 392 MW. Os painéis cobrirão cerca de 3500 acres, e nesta semana a Brightsource Energy, realizadora do projeto, finalizou o financiamento das instalações, atingindo US$ 1,6 bilhão.

Originalmente, as instalações deveriam atingir uma capacidade de 440 MW, mas após protestos de diversos grupos ambientalistas sobre os possíveis impactos na região, o projeto foi reformulado e reduzido aos números. Mesmo assim, a Ivanpah ainda constitui o maior projeto de energia solar a ser implantado nos Estados Unidos. Manifestantes ainda se opõem à construção da usina, e o governo tem até o dia 29 de abril para responder à corte de justiça da Califórnia.

O terceiro plano, do parque eólico no Oregon, terá uma capacidade de 845 MW, e espera-se que entre em funcionamento em 2012. Quando em operação, as instalações gerarão cerca de 1,8 milhão de MW/hora por ano, o equivalente a 60% de uma usina de carvão média. A fazenda se estenderá por uma área de 77 km².

O projeto, que criará aproximadamente 400 empregos temporários e 35 postos permanentes, deveria entrar em operação neste ano, mas a força aérea americana alegou que as instalações poderiam criar interferências e problemas nos radares.

Além destas usinas, o Google também já havia financiado outro projetos de energia renovável anteriormente. Em 2008, a empresa investiu US$ 115 milhões em outro programa da Brightsource Energy e, em janeiro deste ano, a companhia aplicou US$ 10 milhões na eSolar, que também desenvolve tecnologias solares.

19/04/2011   -   Autor: Jéssica Lipinski   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Business Green/Google Policy Europe