Depois de muita negociação em várias reuniões ao longo do dia de ontem o Deputado Aldo Rebelo fechou um acordo com o governo. Pelo acordo o governo concordou com a isenção de RL para imóveis de até quatro
módulos e, no caso das APPs a regulamentação da ocupação se daria posteriormente por decreto presidencial. Também ficou acerto que a oposição teria direito a apresentar uma única emenda ao relatório
final. O novo relatório foi finalizado pelo deputado Aldo Rebelo com a supervisão do líder do governo, Cândido Vacarezza, e pelo líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves. Tudo acertado, faltava apenas definir a
emenda a qual a oposição tinha direito. A oposição decidiu usar a emenda para retirar justamente a
prerrogativa do governo de legislar nessa matéria via decreto. Vacarezza contou os votos e percebeu que não teria como evitar a aprovação da emenda da oposição. Então mudou de posição e pediu à base aliada que solicitasse o adiamento da votação. O PT obedeceu o líder e ao encaminhar a votação, o líder do partido, deputado Paulo T. Cheira, acusou Aldo Rebelo de ter descumprido o acordo alterando o texto sem autorização dos líderes.
Imediatamente Madre Marina de Xapuri, que estava presente na Câmara apesar de não ser deputada, postou no Twitter o seguinte: "Estou no plenário da Câmara. Aldo Rebelo apresentou um novo texto, com novas
pegadinhas, minutos antes da votação. Como pode ser votado?!" Era mentira. O texto que Aldo apresentou era rigorosamente o mesmo texto acordado entre ele e o governo. Paulo T. Cheira e Madre Marina de Xapuri mentiram ao acusar Aldo. Aldo queimou branco na hora. Pegou o microfone e lembrou as acusações feitas ao ex-marido de Marina Selva de ser o cabeça de um esquema pelo qual o Ibama apreendia madeira ilegal na Amazônia, doava a madeira à ONG do Marido de Marina que vendia a madeira no mercado internacional.
O deputado Alfredo Siskis quebrou o decoro parlamentar e chamou Aldo de "canalha traidor" por defender a agricultura nacional. (Se Aldo é traidor por defender a agricultura nacional, Sirkis é o quê por defender as ONGs internacionais?). Fato é que o relatório mais uma vez não foi votado. Hoje o líder do governo, Cândido Vacarezza, deu declarações onde desmente seu colega de partido Paulo T. Cheira e Marina Silva, afirmando que o texto
apresentado por Aldo era o mesmo texto acordado com o governo horas antes. Não havia alterações no texto como acusaram Marina e T. Cheira. Vacarezza disse também que não há mais data para a votação do Relatório de Aldo Rebelo. Depois do turbilhão de ontem não consegui mais contatos com ninguém em Brasília e fiquei meio cego. Minha opinião é que o governo vai desistir de votar essa matéria nesse momento. Dilma deve prorrogar o decreto que vence em junho e jogar essa discussão para o futuro. Isso fará desaparecer o movimento iniciado pelas audiências públicas da comissão especial e capitaneado por Aldo Rebelo. O estado atual de mobilização dos produtores rurais tende a enfraquecer e os verdes do governo devem tomar novamente as rédeas da reforma da lei. O episódio de ontem, na minha leitura, enterrou o atual processo de reforma do Código Florestal. Os produtores rurais foram derrotados. A única forma de reverter essa situação é outra marcha de produtores rurais a Brasília. Dessa vez os produtores devem ir não para uma manifestação de um dia, mas devem estar prontos para acampar em frente ao Congresso até esse tema ser decidido. Se não aproveitarmos esse movimento, se não aproveitarmos a liderança do deputado Aldo Rebelo, a agricultura nacional será derrotada novamente, mas dessa vez com uma grande diferença. Dessa vez os agricultores vão MERECER a derrota. Prezado produtor, é hora de você se levantar mais uma vez. Levante-se agora, ou ajoelhe-se para sempre.
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