
Nesses tempos pré-eleitorais, coisas
interessantes começam a ocorrer, não são assim tão estranhas para quem
acompanha as campanhas eleitorais. Pessoas até então desconhecidas em muitos
segmentos, começam a aparecer distribuindo sorrisos, abraços e apertos de mão.
Pessoas extremamente simpáticas invariavelmente acompanhadas de alguém que
conhecemos.
- Que coisa fenomenal isso, estamos
aumentando nosso circulo de amizade, ha ha ha ha ha!
ALERTA, são eles... Os candidatos que
estão chegando, eles querem seu voto e de sua família, dos seus amigos que a
partir de agora até outubro são os melhores amigos deles. Pessoal, eu sei, nós
sabemos que isso faz parte do jogo político e mais que isso o jogo de
interesse. Sabe aquele amigo nosso que aparece carregando uma térmica, chimarrão,
e traz junto uma pessoa que nunca vimos ou se já vimos nunca tivemos contato?
Pois é ele, "o político", está a serviço do outro, está comprometido
com o candidato e quer fazer compromisso com você; mas temos que ter em
mente que ele é apenas o cooptador de votos que no caso do projeto do seu
candidato ser vencedor ele vai se dar bem. Mas o compromisso de campanha é do
CANDIDATO, não do nosso amiguinho, é do candidato que no caso de ser eleito
devemos cobrar.
Não esqueçamos que os de Brasília, os da
capital e os locais são regidos pela mesma cartilha partidária, todos eles
estão ungidos por seus estatutos e códigos de ética.
Outra coisa, vocês já perceberam como é
difícil falar com eles depois das eleições? Durante a campanha eles fazem às
24h virarem 36, eles acham tempo para reunirem-se com dezenas de pessoas
diferentes varias vezes no mesmo dia, sempre com aquela atenção, o assessor
anotando tudo, seu telefone, seu endereço, sua sugestão, pedido ou
reclamação.
E depois... Por que não conseguem falar com
um eleitor apenas; quem vai aos gabinetes vê apenas assessores, dificilmente os
vereadores, que sempre estão em agendas, que coisa incrível isso. Com relação
ao parágrafo anterior em que me referi a anotação do assessor, "O que eles
fazem parecer de fácil solução, toma um ritmo de dificuldades que não
conseguimos entender".
Vocês acompanharam nesses últimos dias,
aprovaram um benefício á um determinado cargo na câmara, juntamente com o
aumento dos futuros vereadores e prefeito, o que pensar disso? Segundo os
jornais, sequer foi protocolado, não passou por nenhuma comissão. Isso nos
autoriza a pensar! "Quantos outros projetos aprovados não devem ter seguido
o mesmo rito".
É preciso renovar mesmo, urge renovar. Não
podemos mais admitir isso. A política se tornou um grande balcão de negócios,
os partidos empresas e o nosso voto moeda. Os benefícios para nós só o teremos
se protestarmos ou buscarmos na justiça às vezes nem assim.
O imortal Renato Russo perguntou: Que país
é esse? E nós todos apenas repetimos a pergunta sem alcançar a resposta.
Magno Garcia.
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