Chuleada no tempo

terça-feira, 17 de abril de 2012

DE ONDE VEM, ATÉ ONDE IRÃO E O QUE FARÃO?


Nesses tempos pré-eleitorais, coisas interessantes começam a ocorrer, não são assim tão estranhas para quem acompanha as campanhas eleitorais. Pessoas até então desconhecidas em muitos segmentos, começam a aparecer distribuindo sorrisos, abraços e apertos de mão. Pessoas extremamente simpáticas invariavelmente acompanhadas de alguém que conhecemos. 

- Que coisa fenomenal isso, estamos aumentando nosso circulo de amizade, ha ha ha ha ha! 

ALERTA, são eles... Os candidatos que estão chegando, eles querem seu voto e de sua família, dos seus amigos que a partir de agora até outubro são os melhores amigos deles. Pessoal, eu sei, nós sabemos que isso faz parte do jogo político e mais que isso o jogo de interesse. Sabe aquele amigo nosso que aparece carregando uma térmica, chimarrão, e traz junto uma pessoa que nunca vimos ou se já vimos nunca tivemos contato? Pois é ele, "o político", está a serviço do outro, está comprometido com o candidato e quer fazer compromisso com você; mas temos que ter em mente que ele é apenas o cooptador de votos que no caso do projeto do seu candidato ser vencedor ele vai se dar bem. Mas o compromisso de campanha é do CANDIDATO, não do nosso amiguinho, é do candidato que no caso de ser eleito devemos cobrar.

Não esqueçamos que os de Brasília, os da capital e os locais são regidos pela mesma cartilha partidária, todos eles estão ungidos por seus estatutos e códigos de ética.

Outra coisa, vocês já perceberam como é difícil falar com eles depois das eleições? Durante a campanha eles fazem às 24h virarem 36, eles acham tempo para reunirem-se com dezenas de pessoas diferentes varias vezes no mesmo dia, sempre com aquela atenção, o assessor anotando tudo, seu telefone, seu endereço, sua sugestão, pedido ou reclamação. 

E depois... Por que não conseguem falar com um eleitor apenas; quem vai aos gabinetes vê apenas assessores, dificilmente os vereadores, que sempre estão em agendas, que coisa incrível isso. Com relação ao parágrafo anterior em que me referi a anotação do assessor, "O que eles fazem parecer de fácil solução, toma um ritmo de dificuldades que não conseguimos entender".

Vocês acompanharam nesses últimos dias, aprovaram um benefício á um determinado cargo na câmara, juntamente com o aumento dos futuros vereadores e prefeito, o que pensar disso? Segundo os jornais, sequer foi protocolado, não passou por nenhuma comissão. Isso nos autoriza a pensar! "Quantos outros projetos aprovados não devem ter seguido o mesmo rito".

É preciso renovar mesmo, urge renovar. Não podemos mais admitir isso. A política se tornou um grande balcão de negócios, os partidos empresas e o nosso voto moeda. Os benefícios para nós só o teremos se protestarmos ou buscarmos na justiça às vezes nem assim. 

O imortal Renato Russo perguntou: Que país é esse? E nós todos apenas repetimos a pergunta sem alcançar a resposta.

Magno Garcia.




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