Demóstenes Lázaro Xavier Torres (Anicuns, 23 de janeiro de1961) é um procurador e político brasileiro.
Nascido em Anicuns, um município no interior goiano, Demóstenes Torres formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás e é integrante concursado do Ministério Público de Goiás desde 1983. Foi Procurador-Geral do órgão antes de ocupar o cargo de Secretário de Segurança Pública, entre 1999 a 2002, no governo de Marconi Perillo.Filiado ao DEM, foi eleito senador da República em 2002 com1 239 352 votos. Concorreu ao governo de Goiás em 2006 mas obteve apenas 3,5% dos votos, ocupando a quarta posição. Desde fevereiro de 2009 é presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, a mais importante Comissão da Casa.
Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.
Como presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Demóstenes Torres participou do I Congresso Mestiço Brasileiro, promovido pelo Nação Mestiça em Manaus, capital do Amazonas, em 20 de junho de 2011, onde discutiu temas como o Estatuto da Igualdade Racial e o sistema de cotas em universidades públicas.
Assumiu em março de 2011 a liderança da bancada do Democratas no Senado, substituindo José Agripino Maia. Em 15 de julho de 2011, Demóstenes casou-se com a advogada Flávia Coelho.
Envolvimento com a máfia dos caça-níqueis
Em março de 2012, conforme apurado nas investigações da Operação Monte Carlo, a Polícia Federal revelou que Demóstenes Torres tinha ligação com Carlinhos Cachoeira, pivô do escândalo que ficou conhecido como "máfia dos caça-níqueis" em Goiás, em 2004. Demóstenes negou que tivesse negócios com Carlinhos, a quem chamou de "empresário", e justificou as 298 ligações telefônicas como "uma grande amizade". Ele afirmou ainda que não sabia do envolvimento de Carlinhos com a máfia dos caça-níqueis.
No dia 23 de março de 2012, a imprensa noticiou que gravações da Polícia Federal revelaram que o senador Demóstenes Torres pediu dinheiro e vazou informações de reuniões oficiais a Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Relatório com as gravações e outros graves indícios foi enviado à Procuradoria-Geral da República em 2009, mas o chefe da instituição, Roberto Gurgel, não tomou qualquer providência para esclarecer o caso.
O PSOL apresentou na tarde desta quarta-feira ao Conselho de Ética do Senado um pedido de abertura de processo contra Demóstenes Torres (DEM-GO) por quebra de decoro parlamentar. O documento cita relatos da imprensa sobre a relação entre o senador e Carlinhos Cachoeira, controlador da máfia dos caça-níqueis em Goiás. O texto é assinado por Ivan Valente, presidente do PSOL. "Já existem denúncias consistentes por quebra de decoro parlamentar", disse ele logo após entregar o documento. O pedido afirma que o senador foi favorecido por recursos obtidos de forma ilícita pela quadrilha de Cachoeira: "Está clara a percepção de vantagens indevidas pelo representado, materializadas no recebimento de presentes de valor vultuoso, assim como de favores como o pagamento do táxi aéreo e da 'doação de campanha' no valor de 30% do faturamento da quadrilha com o jogo ilegal", diz o requerimento. Agora, o presidente em exercício do Conselho de Ética, Jayme Campos (DEM-MT) terá cinco dias úteis para acolher ou arquivar a representação contra o colega de partido. Se a decisão for pela rejeição, o processo volta a tramitar caso haja recurso assinado por cinco senadores. Isso levaria ao plenário da Casa a decisão sobre a abertura de processo por quebra de decoro. Se a maioria dos 81 senadores consentir, o processo voltaria, então, ao Conselho de Ética.
No ano passado, Demóstenes escreveu o prefácio de um livro lançado pelo presidente da OAB sobre a lei da Ficha Limpa. O senador, que foi relator do projeto de lei, destacou que a sociedade brasileira "não admite que os destinos da nação possam ser geridos por representantes que não possuem conduta adequada à dignidade das relevantes funções públicas".
Ophir Cavalcante, pediu, no dia 01 de abril de 2012, a renúncia imediata do senador Demóstenes Torres (DEM), investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento em esquema de exploração ilegal de jogos de azar em Goiás. Para Cavalcante, Demóstenes vive uma situação "mortal" para um político e não tem outra saída a não ser a imediata renúncia ao mandato, considerada por ele uma "atitude moral".
Nenhum comentário:
Postar um comentário