Aparthaid cultural e esportivo

Tal qual aconteceu com o carnaval do Rio de Janeiro, está acontecendo com o futebol no Brasil inteiro. Com os super espetáculos das Escolas de Samba no Rio de janeiro, o povo ficou a margem do processo, aqueles que brincavam nas alas das escolas e hoje são substituidos por pessoas que não tem nada haver com as comunidades e pagam alto valor para lá estarem. O Carnaval da paixão e do romantismo se perdeu no tempo. Beto sem Braço e Aluisio Machado falaram, no samba enredo do Imperio Serrano de 1982. 

                                        Super Escolas de Samba S/A
                                        Super-alegorias
                                        Escondendo gente bamba
                                        Que covardia!
Aquele povão humilde que faziam as Escolas de Samba, hoje não podem assistir os desfiles, senão pela televisão, pois os ingressos não lhe permitem. Desfilar numa ala, alguns, escolhidos na ala da comunidade.

O futebol também está assim, com a construção das arenas, as reformas dos estádios, deixam mais caros os ingressos e os românticos amantes do futebol, assistirão pela televisão pois tal qual o carnaval do sambodromo, os ingressos ficarão inatingíveis para grande parte dos torcedores. Por outro lado vejo uma saida. A possibilidade dos investimentos nos clubes locais, pois estes concentrarão as torcidas, fortalecerão seus clubes do interior. Tudo se acomoda, e a história de repete.