Essa analise do momento que
vivemos não é só minha, a perpetração do ódio não leva a nada, tão pouco
acrescenta alguma coisa. Ultimamente tem se asseverado as discussões entre os
ditos de esquerda e os de direita, os adjetivos desqualificadores de ambas as
partes muitas vezes são irreproduzíveis, mas, contudo, faz parte do jogo
democrático. Na realidade faz parte desse jogo o respeito pela opinião, que
graças à evolução da sociedade e as leis que regulam as relações sociais nos
garantem a livre expressão.
De maneira geral, o que une a
esquerda é o desconforto com as desigualdades e a luta para reduzi-las. Essa
busca abrange o aspecto social, de gênero e racial. As posições de direita
visam a conservar as condições vigentes e valorizar a tradição. Ambos apregoam
liberdade, mas olham o significado de prismas diversos[1].
Mas senhores, já é chegada a
hora de se pensar no bem do país, já temos todas as mostras possíveis do que
está ai, contaminado, putrefato, não tem maneiras de solucionar nos
maldizendo, nos desqualificando, nos colocando em discussões em defesa de algo
muitas vezes indefensável.
O Estado máximo para a esquerda
e o estado mínimo para a direita não são formulas magica para a solução de
nossos problemas. Um país paternalista, controlador contra um país liberal
entregue a uma classe que domina a séculos a sociedade não é a solução; essa
discussão é estéril. Ao centro
precisamos convergir, o estado necessário, acessível, eficiente e eficaz;
direita e esquerda devem caminhar juntos nessa construção. Simplória a comparação
que ao final faço: "Para avançarmos, para andarmos damos passos com a perna direita e a
perna esquerda alternadamente, e esse esforço nos conduz com segurança e
equilíbrio, democrática é a alternância no podere que por obvio nos proporcionará a paz social e o progresso".
Por Magno Garcia
[1] Róber
Iturriet Avila
Doutor em economia e professor adjunto do Departamento
de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul. É colunista do Brasil Debate
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