Chuleada no tempo
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Romance político.
Era uma vez um cidadão, que discutia política com seus amigos, muito embora alguns desses repudiassem tais assuntos, por entenderem que os políticos e a política de modo geral ensejavam falcatrua, corrupção e toma lá da cá. Esse cidadão nunca havia sido filiado à agremiação partidária.
Certo dia vendo sua postura diante desses assuntos, um amigo seu na época, convidou-o para filiar-se ao seu partido.
Esse amigo lhe dizia que sua participação seria importante, pois via nesse cidadão um potencial político que iria colaborar com o crescimento do partido.
O cidadão levou algum tempo para decidir, pesquisou, leu mais sobre politica até fez curso de formação política à distância e principalmente conheceu o Estatuto e o Regimento Interno do Partido e finalmente filiou-se.
Anos de militância se passaram e o que via não lhe satisfazia, pois lembrava quando conversava com seus amigos na oficina mecânica do Ézio e as conversas de falcatruas e maracutaias políticas lhe vinha à mente.
Mas firme no propósito de ver a política ética, comprometida com as causas sociais, com a Democracia e que o partido iria apresentar proposta para uma sociedade melhor, para o progresso de sua cidade e que esse sonho poderia se tornar realidade começou a perceber que tudo é igual. Não existe a possibilidade de se mudar o que ai está.
A política está contaminada com interesses individuais em detrimento da sociedade.
Nesse romance todo, o que mais indignou o cidadão, foi à falta de clareza dos dirigentes, comprometem o futuro do partido e frustram sonhos de crescimento do coletivo. Ideologia a muito se perdeu e infelizmente isso é fato, o ser humano como diz o companheiro Ciro Saraiva "É um ser inacabado, imperfeito, mas em evolução".
Mas ética entre os pares isso é importante e imprescindível, um partido se faz com coragem, com luta.
Ter uma bandeira e defende-la é imperativo. Aplaudo partidos como o PSOL, PSTU que mesmo pequenos e em constante luta mantém os ideais, não se acovardam e defendem sua bandeira, não se escondem atrás de outras nem loteiam seu tempo de TV, pois essa é a moeda de troca.
A corrupção dos grandes precisa exatamente disso, de omissos, de carguistas, de individualistas e é assim que se forma a cena política do país.
Um circo de horrores onde os omissos são atores poderia ser protagonista do bem, mas contentam-se em ser coadjuvantes do mal.
O cidadão frustrado com tudo que viu e ouviu, percebe agora que fez a escolha errada,
Que foi traído por seus companheiros, mas que não deixou em nenhum momento de ser coerente e defender sua bandeira, a bandeira da dignidade do socialismo e da liberdade.
Esse cidadão, esse romântico da política sou eu, Magno Garcia.
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