Não é fogo amigo, é a constatação da verdade.

Sandro Santos

Não adianta tentarem cercear o meu direito de me expressar pedindo para apagar o que coloquei no Face. Parece que voltamos aos tempos de censura. Para quem não leu vai ai minha postagem de domingo, que foi apagada pelo pessoal da SEDAC.

Estou indignado, mais uma vez, com a postura e atitude de alguns companheiros de nosso querido Partido dos Trabalhadores, que ocupam a tarefa dirigente junto a Secretaria de Estado da Cultura. A ânsia pelo aparelhamento político, não bastasse estar instalada em alguns programas/projetos, onde as correntes majoritárias (Articulação de Esquerda e Democracia Socialista, e ou ainda militantes não filiados do fora do eixo) predominam, como se fossem eles, e somente eles fossem os defensores e os protagonistas de algumas políticas culturais. Agora se instala, com a proximidade do Programa de Eleições Diretas do PT – PED, o corte de cabeças, sob a alegação de que os companheiros estão desqualificados para a função, e de que o Programa não anda, mas sei que isto é para contemplar mais companheiros destas duas posições. O acordo feito lá no início do com a acomodação das forças, a cada dia é esquecido.

Pera lá, mas e os Pontos de Cultura, que estão em um interminável edital que dura a dois anos, e não aconteceu até o momento nenhum convênio ainda. Reza o Programa de Governo que iriamos conveniar 500 Pontos de Cultura, Programa prioritário de nosso governo. E os R$ 5.000.000,00 (Cinco milhões) para a construção de 05 CEUs das Artes, que foram perdidos, por não ser prioridade no entendimento do Gabinete (resisto, em acreditar que não é somente por que foi articulado por um Deputado, que não é de nenhuma dessas duas correntes), isso com toda a problemática do Centro Vida, Museu Antropológico, Biblioteca Pública e o Conselho de Cultura desalojado. Ao passar os olhos em alguns outros editais e eventos quero não acreditar, na coincidência de que um segmento/setor/grupo serem sempre priorizados nas seleções e como convidados para as atividades onde são pagos cachês e ou hóspede oficial serem sempre os mesmos (se alguém me perguntar aponto cada um desses). Sem falar nos setores que da noite para o dia, fecham, desalojando companheiros. Enquanto isso o debate da reestruturação da SEDAC, passa longe das discussões, pois a estrutura como está, é contemplativa para o núcleo dirigente.

Poderia aqui discorrer um conjunto de equívocos na Política da SEDAC, mas neste momento não é a questão central, e sim o desrespeito ao acordo do início do governo, em detrimento do modos operandi aparelhista da Articulação de Esquerda e da Democracia Socialista, ou ainda pela simples contemplação de cada vez mais militantes do fora do eixo, não filiado ao partido, que saem para rua fazer protesto contra nossos governos. Será que é por isso que cortam cabeças, pela não proximidade com as suas posições políticas.

Reprodução a partir de https://www.facebook.com/sandro.santos.7186.